Trata-se de ação declaratória de inexistência de relação jurídica cumulada com repetição de indébito e pedido de indenização por danos morais, proposta por pessoa idosa, consumidora final, que teve seu benefício previdenciário descontado indevidamente em razão de contratação fraudulenta de cartão de crédito consignado junto a instituição financeira, sem seu conhecimento ou anuência, tendo a fraude confirmada por laudo grafotécnico, sendo ignoradas as tentativas extrajudiciais de solução e persistindo os prejuízos mensais, o que motivou o ajuizamento da presente ação com pedido de tutela provisória de urgência para cessar os descontos, garantir sua subsistência e reparar os danos sofridos, com fundamento na relação de consumo, responsabilidade objetiva do fornecedor, direito à dignidade da pessoa humana, à proteção da pessoa idosa e ao acesso à justiça de forma célere e desonerada.
AO JUÍZO DA __ª VARA ____ DA COMARCA DE ____ - UF.
(NOME COMPLETO DA PARTE REQUERENTE), (nacionalidade), (estado civil ou existência de união estável), (profissão), (filiação), portador(a) da Carteira de Identidade nº (informar), inscrito(a) no CPF sob o nº (informar), residente e domiciliado(a) em (Rua), (número), (Bairro), (Cidade), (Estado), (CEP), usuário(a) do endereço eletrônico (e-mail), por seu advogado que está inscrito (Doc. Anexo), cujo endereço eletrônico é ____ (e-mail), com endereço profissional na (Rua), (número), (Bairro), (Cidade), (Estado), (CEP), onde recebe intimações, vem, respeitosamente, perante este Juízo propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA em face de (NOME COMPLETO DA PARTE REQUERIDA), (pessoa jurídica de direito privado), inscrita no CNPJ/MF sob o nº (informar), com sede na (Rua), (número), (Bairro), (Cidade), (Estado), (CEP), na pessoa de seus representantes legais, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas.
1. DA TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA
A Parte Requerente é pessoa idosa, com idade superior a 60 (sessenta) anos, razão pela qual faz jus à tramitação prioritária do presente feito, nos termos do art. 71 do Estatuto da Pessoa Idosa (Lei nº 10.741/2003), bem como do art. 1.048, I, do Código de Processo Civil. Trata-se de um direito legalmente assegurado, cuja observância não depende de requerimento expresso ou concessão judicial, mas da simples constatação objetiva da idade da parte envolvida.
No caso em tela, a Parte Requerente figura como vítima de fraude em operação bancária, fato que por si só já configura situação de especial vulnerabilidade. Entretanto, quando essa condição é associada à idade avançada da parte autora, reforça-se ainda mais a urgência de uma resposta judicial célere, capaz de conter os danos patrimoniais e morais que se renovam mês a mês em razão dos descontos indevidos realizados em seus proventos previdenciários.
2. DOS FATOS
A Parte Requerente, consumidora final, é aposentada e recebe seus proventos de forma regular por meio de conta bancária mantida junto à instituição financeira. Até a ocorrência dos fatos objeto da presente demanda, jamais havia celebrado qualquer contrato de empréstimo consignado na modalidade cartão de crédito junto à Parte Requerida, tampouco autorizara qualquer movimentação financeira dessa natureza. Em seu histórico bancário anterior, não constavam registros de contratação semelhante ou manifestação de interesse pela referida modalidade de crédito, sendo a movimentação de sua conta sempre compatível com seus rendimentos mensais.
Em __/__/____, ao consultar o extrato de sua conta corrente, a Parte Requerente identificou lançamento referente a Transferência Eletrônica Disponível (TED), no valor de R$ ____,__ (____), sob a descrição “____”. A surpresa foi agravada ao verificar, posteriormente, que o valor se referia à contratação de empréstimo consignado na modalidade cartão de crédito, operação que a Parte Requerente jamais havia solicitado ou autorizado. Conforme apurado junto à Parte Requerida, a contratação teria ocorrido em agência localizada em ____/UF, o que jamais foi realizado pela Parte Requerente. Em data posterior, foi ainda surpreendida com o recebimento de cartão de crédito físico, vinculado ao contrato impugnado, situação que confirmou, para a Parte Requerente, tratar-se de uma operação fraudulenta.
Na tentativa de solucionar a questão de forma extrajudicial, a Parte Requerente entrou em contato com os canais de atendimento da Parte Requerida em diversas oportunidades, iniciando seus pedidos administrativos a partir de __/__/____. Foram registrados atendimentos sob os protocolos nº ____, nº ____ e nº ____, nos quais a Parte Requerente solicitou expressamente o cancelamento do contrato não reconhecido, bem como o estorno dos valores debitados de sua conta.
3. DO DIREITO
3.1. DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
Nos termos do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, o fornecedor de serviços responde objetivamente pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços. A responsabilidade objetiva prescinde da comprovação de culpa e exige apenas a demonstração do dano e do nexo de causalidade entre a atividade do fornecedor e o prejuízo experimentado pelo consumidor.
Na hipótese em exame, restou plenamente comprovado, por meio de laudo pericial grafotécnico, que a assinatura aposta no contrato de empréstimo consignado impugnado não foi realizada pela Parte Autora, conforme reconhecido na sentença de primeiro grau e confirmado em sede recursal. Tal fraude, inserida no contexto das operações regulares do serviço bancário, configura o denominado fortuito interno, pelo qual responde o fornecedor nos termos da Súmula 479 do Superior Tribunal de Justiça: *"As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias."*
Assim, a alegação de culpa exclusiva de terceiro, levantada pela Parte Requerida, não encontra respaldo legal nem jurisprudencial, pois a fraude cometida insere-se nos riscos inerentes à atividade da instituição financeira, que tem o dever legal de garantir segurança e confiabilidade em suas operações. A falha de segurança na verificação da autenticidade da assinatura e na concessão do empréstimo evidencia grave deficiência na prestação do serviço.
4. DA JUSTIÇA GRATUITA
É sabido que o pleno acesso à justiça é garantia fundamental prevista pela Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso LXXIV, o qual estabelece expressamente que "o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos". Neste contexto, resta evidente o direito da Parte Autora à concessão da Justiça Gratuita, dada a sua incapacidade financeira demonstrada nos autos, situação que impede que arque com os elevados custos das custas e despesas processuais sem que haja comprometimento significativo de sua subsistência ou do exercício regular de suas atividades econômicas.
Destaca-se, ainda, que o benefício da gratuidade da justiça não constitui privilégio, mas sim medida fundamental para assegurar o princípio da igualdade substancial entre as partes, especialmente diante da condição econômica desfavorável da Parte Autora frente à Parte Requerida, que possui inegável superioridade financeira e técnica. O intuito desta garantia constitucional é justamente remover obstáculos financeiros que possam impedir ou dificultar o exercício efetivo do direito constitucional à tutela jurisdicional.
Consumidor / Petição Inicial
Trata-se de ação judicial proposta por consumidor que celebrou contrato com a Parte Ré para fornecimento e instalação de usina fotovoltaica, com o objetivo de compensar integralmente o consumo de energia elétrica das unidades beneficiárias. Contudo, a Parte Ré entregou produtos divergentes dos contratados, tanto em qualidade quanto em quantidade, além de não assegurar a compensação prometida. Tal falha gerou cobranças indevidas de energia elétrica, causando prejuízos financeiros e transtornos significativos à Parte Autora, que requer a tutela de urgência para reparação imediata, a substituição dos produtos e a compensação de energia de acordo com o pactuado, bem como a condenação da Parte Ré por danos materiais e morais.
VisualizarConsumidor / Petição Inicial
Trata-se de ação de rescisão contratual cumulada com repetição de indébito, nulidade de cláusula abusiva e pedido de indenização por danos morais, movida em face da Parte Ré, uma vez que, apesar da celebração do contrato de prestação de serviço, a Parte Autora sofreu recorrentes falhas na execução do serviço, além de cobranças indevidas e abusivas. A Parte Autora tentou, por diversas vezes, solucionar administrativamente o problema, acionando órgãos reguladores como a ANATEL e o PROCON, sem sucesso. Diante da omissão da Parte Ré e da persistência das cobranças indevidas, torna-se necessária a intervenção do Judiciário para garantir a rescisão contratual sem ônus, a devolução dos valores pagos indevidamente, a declaração de nulidade das cláusulas abusivas e a reparação pelos danos sofridos, com a concessão de tutela de urgência para suspensão imediata das cobranças.
VisualizarConsumidor / Petição Inicial
Trata-se de ação de indenização por danos materiais e morais, ajuizada pela Parte Autora em razão da falha na prestação de serviços da instituição financeira Ré, que permitiu a realização de transação fraudulenta em cartão de crédito, resultando na cobrança indevida de valores e na recusa do estorno mesmo após a contestação administrativa. A Parte Autora, hipossuficiente na relação de consumo, busca o reconhecimento da responsabilidade objetiva da Ré, nos termos do Código de Defesa do Consumidor, bem como a devolução em dobro dos valores pagos indevidamente, conforme determina o artigo 42, parágrafo único, do CDC. Além disso, pretende a condenação da Parte Ré ao pagamento de indenização por danos morais, diante do abalo emocional e da violação de seus direitos enquanto consumidora, requerendo ainda a inversão do ônus da prova.
VisualizarConsumidor / Petição Inicial
Trata-se de ação cautelar de exibição de documentos em que a Parte Autora busca compelir a Parte Ré a apresentar o contrato que supostamente embasa a restrição creditícia registrada indevidamente em seu nome. A negativa reiterada da Parte Ré em fornecer o documento solicitado impede a Parte Autora de verificar a regularidade da dívida imputada, violando o direito à informação garantido pelo Código de Defesa do Consumidor. Diante da omissão injustificada, impõe-se a intervenção judicial para garantir o acesso à documentação essencial e viabilizar a adoção das medidas cabíveis. Além disso, busca-se a fixação de multa diária para o caso de descumprimento da ordem judicial, a fim de assegurar a efetividade da tutela jurisdicional.
Visualizar