Petição inicial. Ação de indenização por danos materiais e morais. Relação de consumo. Golpe eletrônico via PIX. Pedido de tutela provisória de urgência. Bloqueio e restituição de valores. Justiça gratuita. Tramitação pelo juizado especial cível. Adesão ao juízo 100% digital. Manifestação favorável à audiência de conciliação. Tentativa de composição amigável.

Título

Petição inicial. Ação de indenização por danos materiais e morais. Relação de consumo. Golpe eletrônico via PIX. Pedido de tutela provisória de urgência. Bloqueio e restituição de valores. Justiça gratuita. Tramitação pelo juizado especial cível. Adesão ao juízo 100% digital. Manifestação favorável à audiência de conciliação. Tentativa de composição amigável.

Descrição

Trata-se de ação de indenização por danos materiais e morais ajuizada em decorrência de golpe eletrônico ocorrido por meio do sistema PIX, em que a Parte Requerente, consumidora dos serviços bancários prestados pela Parte Requerida, busca a reparação dos prejuízos financeiros e morais sofridos, fundamentando-se na responsabilidade objetiva prevista no Código de Defesa do Consumidor e na falha na prestação do serviço, postulando, ainda, a concessão de tutela de urgência para bloqueio e restituição dos valores subtraídos, com pedido de justiça gratuita, adesão ao juízo 100% digital e manifestação de interesse na realização de audiência de conciliação, visando a composição amigável da lide.

Conteúdo

AO JUÍZO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE (NOME DA COMARCA – ESTADO).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(NOME COMPLETO DA PARTE REQUERENTE), (nacionalidade), (estado civil ou existência de união estável), (profissão), (filiação), portadora da Carteira de Identidade nº (informar), inscrita no CPF sob o nº (informar), residente e domiciliada na (Rua), (número), (Bairro), (Cidade/UF), CEP (informar), usuária do endereço eletrônico (e-mail), por seu advogado que esta subscreve (Doc. Anexo), cujo endereço eletrônico é (e-mail), com escritório profissional na (Rua), (número), (Bairro), (Cidade/UF), CEP (informar), onde recebe notificações e intimações, vem, respeitosamente, perante este Juízo, propor a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS DECORRENTES DE GOLPE DO PIX C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, em face de (NOME COMPLETO DA PARTE REQUERIDA), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº (informar), com sede na (Rua), (número), (Bairro), (Cidade/UF), CEP (informar), na pessoa de seus representantes legais, pelos seguintes fatos e fundamentos:

 

1.      DOS FATOS

 

A Parte Requerente é consumidora regular de serviços bancários, utilizando-se de conta corrente mantida perante instituição financeira para a realização de suas operações financeiras rotineiras. Em __/__/____, a Parte Requerente, ao acessar seu aplicativo bancário, foi vítima de fraude eletrônica, consistente na realização de transferência via sistema PIX no valor de R$ ____,__ (____), em favor de conta bancária mantida junto à Parte Requerida.

 

Naquela ocasião, a Parte Requerente, ao tomar ciência da transferência não autorizada, imediatamente entrou em contato com a instituição financeira para solicitar o bloqueio da transação e a recuperação dos valores desviados, mediante protocolo de atendimento nº ____. Não obstante a pronta comunicação e o pedido de cancelamento, a operação não foi estornada, sob a alegação de que a transação havia sido concluída de forma instantânea, sem possibilidade de reversão.

 

Com o objetivo de solucionar a situação de forma amigável, a Parte Requerente formalizou, em __/__/____, requerimento administrativo perante a Ouvidoria da Parte Requerida, sob o protocolo nº ____, requerendo a devolução integral dos valores subtraídos, bem como a apuração da falha na prestação do serviço de segurança bancária.

 


 

2.      DO DIREITO

 

2.1.  DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA PARTE REQUERIDA PELOS DANOS DECORRENTES DE FRAUDE BANCÁRIA

O ordenamento jurídico brasileiro, alicerçado na Constituição Federal e no Código de Defesa do Consumidor, impõe ao fornecedor de serviços o dever de responder pelos danos causados aos consumidores, independentemente de culpa. Trata-se da consagração da responsabilidade objetiva, prevista no art. 14 do Código de Defesa do Consumidor, a qual estabelece que o fornecedor de serviços responde pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

 

No presente caso, restou demonstrado que a Parte Requerente, em __/__/____, sofreu prejuízo financeiro decorrente de fraude eletrônica, com a realização de transferência via sistema PIX no valor de R$ ____,__ (____), sem que houvesse a devida proteção e segurança por parte da Parte Requerida.

 

A responsabilidade da Parte Requerida decorre do risco da atividade, sendo evidente que a prestação de serviços bancários, especialmente os relacionados a transações eletrônicas, exige a implementação de mecanismos eficientes de segurança da informação. A ausência desses mecanismos configura o denominado fortuito interno, plenamente imputável à instituição financeira, não se tratando de fato exclusivo de terceiro capaz de elidir sua responsabilidade.

 

A Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso X, assegura a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, garantindo o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Da mesma forma, o art. 1º, inciso III, estabelece como fundamento da República Federativa do Brasil a dignidade da pessoa humana, o que reforça a proteção conferida ao consumidor vítima de fraudes financeiras.

 


 

4.      DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO

 

A Parte Requerente manifesta seu interesse na realização de audiência de conciliação, confiando que o diálogo franco e aberto pode, muitas vezes, alcançar soluções mais ágeis e justas do que a prolongada tramitação do processo. A busca pelo consenso, aliás, reflete não apenas o espírito de cooperação previsto no art. 6º do Código de Processo Civil, mas também a essência da boa-fé objetiva e da economia processual, tão necessárias em um sistema de justiça sobrecarregado.

 


 

1.      DA CONCLUSÃO E DOS PEDIDOS

 

Ante o exposto, a Parte Requerente, REQUER:

 

a) Justiça Gratuita – Seja concedido à Parte Requerente o benefício da justiça gratuita, nos termos do artigo 98 do Código de Processo Civil, por não possuir condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento.

 

b) Tutela Provisória de Urgência – Seja concedida a tutela provisória de urgência para determinar à Parte Requerida a imediata restituição dos valores subtraídos no golpe eletrônico via PIX, no importe de R$ ____,____ (____), ou, subsidiariamente, o bloqueio da quantia equivalente junto às contas do beneficiário, conforme fundamentação já exposta.

 

c) Citação da Parte Requerida – Seja determinada a citação da Parte Requerida para, querendo, apresentar resposta no prazo legal, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato.

 

d) Inversão do Ônus da Prova – Seja determinada a inversão do ônus da prova, nos termos do artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor, diante da hipossuficiência técnica da Parte Requerente e da verossimilhança das alegações.

 

e) Expedição de Ofício – Seja determinada a expedição de ofício à Parte Requerida para apresentação de documentos técnicos necessários à comprovação dos fatos, incluindo registros de acesso, histórico de movimentações financeiras e protocolos de atendimento relativos ao evento objeto da lide.

 

f) Designação de Audiência de Conciliação – Seja designada audiência de conciliação ou mediação, nos termos do artigo 334 do Código de Processo Civil, em atenção à manifestação expressa da Parte Requerente no interesse pela autocomposição.

VEJA OUTRAS PETIÇÕES
NESSA CATEGORIA

Consumidor / Petição Inicial

Petição Inicial. Obrigação de Fazer e Indenização por Danos Morais e Materiais. Pedido de Tutela de Urgência. Contrato de Compra e Venda com Instalação de Usina Fotovoltaica. Erro na Entrega de Produtos. Relação de Consumo. Aplicação do CDC. Inversão do Ônus da Prova. Falha na Prestação do Serviço. Responsabilidade Civil. Multa por Descumprimento Contratual. Cobranças Indevidas. Compensação de Energia Elétrica.
23 páginas

Trata-se de ação judicial proposta por consumidor que celebrou contrato com a Parte Ré para fornecimento e instalação de usina fotovoltaica, com o objetivo de compensar integralmente o consumo de energia elétrica das unidades beneficiárias. Contudo, a Parte Ré entregou produtos divergentes dos contratados, tanto em qualidade quanto em quantidade, além de não assegurar a compensação prometida. Tal falha gerou cobranças indevidas de energia elétrica, causando prejuízos financeiros e transtornos significativos à Parte Autora, que requer a tutela de urgência para reparação imediata, a substituição dos produtos e a compensação de energia de acordo com o pactuado, bem como a condenação da Parte Ré por danos materiais e morais.

Visualizar

Consumidor / Petição Inicial

Petição inicial. Ação de rescisão contratual c/c repetição de indébito, declaração de nulidade de cláusula abusiva e indenização por danos morais. Pedido de tutela de urgência. Relação de consumo. Serviço de internet e telecomunicações. Cobrança indevida e prestação de serviço defeituosa. Descumprimento contratual. Violação ao código de defesa do consumidor.
14 páginas

Trata-se de ação de rescisão contratual cumulada com repetição de indébito, nulidade de cláusula abusiva e pedido de indenização por danos morais, movida em face da Parte Ré, uma vez que, apesar da celebração do contrato de prestação de serviço, a Parte Autora sofreu recorrentes falhas na execução do serviço, além de cobranças indevidas e abusivas. A Parte Autora tentou, por diversas vezes, solucionar administrativamente o problema, acionando órgãos reguladores como a ANATEL e o PROCON, sem sucesso. Diante da omissão da Parte Ré e da persistência das cobranças indevidas, torna-se necessária a intervenção do Judiciário para garantir a rescisão contratual sem ônus, a devolução dos valores pagos indevidamente, a declaração de nulidade das cláusulas abusivas e a reparação pelos danos sofridos, com a concessão de tutela de urgência para suspensão imediata das cobranças.

Visualizar

Consumidor / Petição Inicial

Petição Inicial. Ação De Indenização Por Danos Materiais E Morais. Pedido De Tutela De Urgência. Relação De Consumo. Fraude Bancária Em Cartão De Crédito. Cobrança Indevida E Recusa De Estorno. Inversão Do Ônus Da Prova. Pedido De Reparação Moral E Devolução Em Dobro Dos Valores Cobrados.
11 páginas

Trata-se de ação de indenização por danos materiais e morais, ajuizada pela Parte Autora em razão da falha na prestação de serviços da instituição financeira Ré, que permitiu a realização de transação fraudulenta em cartão de crédito, resultando na cobrança indevida de valores e na recusa do estorno mesmo após a contestação administrativa. A Parte Autora, hipossuficiente na relação de consumo, busca o reconhecimento da responsabilidade objetiva da Ré, nos termos do Código de Defesa do Consumidor, bem como a devolução em dobro dos valores pagos indevidamente, conforme determina o artigo 42, parágrafo único, do CDC. Além disso, pretende a condenação da Parte Ré ao pagamento de indenização por danos morais, diante do abalo emocional e da violação de seus direitos enquanto consumidora, requerendo ainda a inversão do ônus da prova.

Visualizar

Consumidor / Petição Inicial

Petição Inicial. Ação Cautelar De Exibição De Documentos. Relação De Consumo. Restrição Indevida Em Cadastro De Crédito. Negativação Indevida Sem Comprovação Contratual. Pedido De Exibição De Contrato Que Originou A Restrição. Recusa Injustificada Da Parte Ré. Violação Ao Direito De Informação Do Consumidor. Pedido De Multa Diária Pelo Descumprimento Da Ordem Judicial. Justiça Gratuita.
8 páginas

Trata-se de ação cautelar de exibição de documentos em que a Parte Autora busca compelir a Parte Ré a apresentar o contrato que supostamente embasa a restrição creditícia registrada indevidamente em seu nome. A negativa reiterada da Parte Ré em fornecer o documento solicitado impede a Parte Autora de verificar a regularidade da dívida imputada, violando o direito à informação garantido pelo Código de Defesa do Consumidor. Diante da omissão injustificada, impõe-se a intervenção judicial para garantir o acesso à documentação essencial e viabilizar a adoção das medidas cabíveis. Além disso, busca-se a fixação de multa diária para o caso de descumprimento da ordem judicial, a fim de assegurar a efetividade da tutela jurisdicional.

Visualizar